quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Corinthians: Duras lições na Vila Belmiro.



A derrota acachapante que o Timão sofreu na noite desta quarta-feira na Vila Belmiro por 5X1 para o Santos deixou (duras) lições para o Corinthians 2014, verdadeiro escombro do time Campeão da Libertadores e Mundial em 2012. Vamos a elas:

Primeiro,  a diretoria  permitiu que um elenco prestigiado e gerador de rendas polpudas ao clube  , pouco a pouco se desmanchasse. Os remanescentes, à exceção de Ralf, envelheceram e não têm a mínima condição de continuarem na equipe. Danilo, Douglas e especialmente Emérson Sheik, que após pressão e ligações extracampo com ex-diretor lhe proporcionaram uma renovação de contrato absurda, um desperdício de dinheiro.

Depois, faltou observação e senso crítico após a eliminação da Libertadores /13 para que se compreendesse que o esquema do técnico Tite ficou muito manjado pelo adversários e, com uma equipe inferior à de 2012, faltou ao técnico variações táticas e uma reinvenção do time, o que lhe custou, merecidamente, o cargo.

O Corinthians carecia de uma mudança de treinador, mas a situação se alongou até o término do Brasileirão/13, uma verdadeira agonia para o torcedor, que só assistia ao Tite bater cabeça e não conseguir montar uma equipe consistente. O técnico acabou saindo, mas a diretoria contratou outro técnico no mesmo estilo, Mano Menezes: mais articulado do que competente.

Parece que falta ao Corinthians um comando e envolvimento maior do presidente Mario Gobbi no Departamento de Futebol. Há poderes demais para gente sem senso crítico, estratégico, descompromissada com resultados e o resultado é um time a deriva.

Há elementos na equipe que não tem futuro. Um parágrafo especial para um jogador “diferenciado”: Paulo André. O zagueiro nível Série B fala muito. Pintor, escritor, líder de movimento de jogadores ao estilo Sócrates (sem um décimo da sua qualidade técnica) foi também oportunista nas críticas ao jogador Pato, na ocasião em que o atacante desabafou suas mágoas com as vaias do torcedor na derrota para o São Bernardo. Na hora de mostrar serviço contra o Santos, foi humilhado por meninos na Vila, e humilhou aos corintianos que assistiram aquele massacre.

E uma palavra final a respeito de Pato. O jogador, que a essa altura deve estar arrependido de ter vindo jogar no Corinthians, jamais teve por trás de si um meio de campo criativo ou consistente. Sofreu com a vaidade de Tite de colegas no grupo, e agora continua o seu martírio com Mano Menezes, o técnico que o deixou no banco de reservas nas primeiras partidas e depois o lançou junto a quatro reservas (entre eles, Ibson) justamente no Pacaembu.

Ou o presidente Mario Gobbi desce do salão presidencial e vai a campo para colocar ordem na casa, ou seria melhor admitir sua incompetência e jogar a toalha já. 

Dirceu Barros


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