sexta-feira, 29 de junho de 2012

Minha terra tem Romarinho. (Á Nelson Rodrigues)


Ah, Nelson Rodrigues! O mundo continua girando, mas parece não sair do lugar;  o Brasil continua o mesmo, em seu eterno complexo de vira-lata. A Eurocopa rola no Velho Continente, absolutamente fria e sem graça, enquanto pelas terras tupiniquins os idiotas da objetividade se recusam e enxergar o que salta aos olhos de todos: Continuamos a produzir craques em série.

A nossa  Terra Brasilis acaba de testemunhar o nascimento de uma estrela; uma estrela  com estrela. Um jovem vindo do Bragantino, e que o São Paulo rejeitou, e que o Santos queria de graça, nada menos que 10% do direitos federativos por prestar à joia o favor de deixá-la jogar ao lado de Ganso e Neymar. Pois o moleque veio para o Corinthians, e na sua estreia no time B do Corinthians em um  Derbi, humilhou o time titular do Palmeiras, ao fazer os dois gols da virada corintiana no Brasileirão/12.

Mas, Nelson  Rodrigues, parece mentira, o carinha foi mais longe ainda. O Timão foi à Buenos Aires para a sua derradeira partida no exterior pela Libertadores/12;  perdia a partida para um Boca Juniors infernal, e te peço, não me tome por mentiroso, mas o chapolin brasileño calou a Bombonera lotada, empatou o jogo, e anulou a vantagem dos argentinos, e permitiu ao Corinthians trazer a decisão da Libertadores para o Pacaembu.

Colega, sei que vão dizer que eu estou exagerando, me precipitando, mas veja bem, o Romarinho fez, no espaço de 4 dias, o que o badalado “imperador” Adriano não fez em 11 meses no Timão. É, meu amigo, o futebol brasileiro continua fértil, e nem todo o ouro que os europeus levaram da gente consegue desvirtuar a característica, dádiva divina, de produzir craques. E que os idiotas da objetividade continuem olhando para os gramados dos colonizadores porque a minha terra tem Romarinho,  onde tomam gols os periquitos.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Romarinho calou a Bombonera, e Timão arrancou empate.







O Corinthians, após estar perdendo a partida contra o Boca Juniors, da Argentina, logrou empatar a partida aos 39 min do segundo tempo. Os gols foram marcados por Roncaglia, e Romarinho, em seu primeiro toque na bola. O empate, arrancado da forma em foi, em plena Bombonera, teve sabor de vitória para o Timão, que traz a decisão para a sua casa, o Pacaembu, na próxima quarta-feira, com a Fiel a seu favor.

O primeiro tempo foi amarrado, e o Corinthians não ofereceu muitas chances de finalização ao Boca; o goleiro Cássio pouco trabalhou. Não que o Boca, veloz, e marcando sobre pressão, estivesse fazendo uma partida ruim, mas o Corinthians se defendeu de forma compacta, como, aliás, vem fazendo em toda as partidas da Libertadores, e por incrível que possa parecer, foi do Corinthians a melhor oportunidade da etapa, com Paulinho levando o goleiro Orión à uma grande defesa; no mais, o Timão ignorou o tão badalado caldeirão, e levou o empate para o vestiário.

Ainda na primeira etapa, o técnico Tite teve que mudar seus planos, após Jorge Henrique sentir uma contusão, e ser substituído por Liédson; e, na segunda etapa pintou o terror da pressão dos locais. O time recuou, e perdeu o meio de campo, deixando o time xeneize ameaçar constantemente a meta de Cássio; o ataque não conseguia reter a bola, e o Boca, de tanto martelar, conseguiu, aos 28 min abrir o marcador: Santiago Silva cabeceou a bola em cobrança de escanteio, Chicão salvou em cima da linha, mas a bola rebateu na trave e Roncaglia marcou: Boca 1X0.

Tite tirou Danilo, e colocou Romarinho em campo. Aos 40 min, Paulinho roubou a bola no meio e avançou em velocidade, passou para Emerson que deu um belo drible no marcador,  e serviu Romarinho, que tocou por sobre o goleiro Orión: 1X1. O gol foi um tremendo balde de água fria nos argentinos, que ainda lutou, mas, sentiu o golpe, e saiu de campo inconformado.

Na partida anterior do Corinthians, pelo campeonato brasileiro, o site portenho Ole , com seu olho clínico, havia alertado ao Boca sobre Romarinho em um artigo entitulado “Ojo com este Chapulin” ; o Boca não ouviu. No post anterior, este blog havia avisado que “ nos jogos do alvinegro, o que chama a atenção é que cada partida traz um nome diferente, fazendo a diferença. Pode ser Paulinho, pode ser Danilo, pode ser Émerson, pode ser Alex, ou pode vir do banco de reservas”; O Boca não leu!


Imagem: Daniel Garcia: France Presse

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Boca X Corinthians: O nascimento de uma grande rivalidade?


No imaginário de um torcedor corintiano, uma final de Libertadores, contra o Boca Juniors, no estádio de La Bombonera, seria uma partida arquetípica a validar a consagração do Corinthians, em caso de vitória. Quiseram os deuses do futebol que a imaginação da Fiel se materializasse na forma deste confronto que ocorre nesta quarta-feira, clássico entre dois clubes gigantes da Argentina, e do Brasil, países rivais até as raízes dos cabelos no futebol e que pode ser a gênese de uma grande rivalidade, e não poderia ser diferente;  com o devido respeito aos River Plates, La Us, Once Caldas, e Olimpias da vida, nada poderia se comparar a um confronto entre Corinthians e Boca Juniors.

Ambos são irmão nas origens humildes, na garra, no fanatismo, e na paixão; e os xeneizes, que alcançaram um vice-campeonato em 1963, e, após ver o Independiente conquistar a Libertadores por seis vezes, só veio a conquistá-la em 1977, ano marcante também para o Corinthians, e depois ainda foi campeão em 78/2000/01/03/07; uma história longa, e recheada de conquistas, mas também coleciona 3 derrotas em finais; o destaque da equipe é o jogador Riquelme, e de sua performance depende o destino de um Boca, que, embora distante do que já foi no passado, tem na camisa e na garra a maior ameaça às pretensões brasileiras.

O Timão, “novato” em decisões de Libertadores chega com gana, e sem destaques; seu ponto forte é o conjunto, aliado à velocidade, e sua defesa é fator de preocupação para o Boca, tendo sido vazada em apenas três oportunidades na competição. Nos jogos do alvinegro, o que chama a atenção é que cada partida traz um nome diferente, fazendo a diferença. Pode ser Paulinho, pode ser Danilo, pode ser Émerson, pode ser Alex, ou pode vir do banco de reservas, simplesmente. e na verdade, os argentinos precisarão fazer o que nenhum time conseguiu até agora na Libertadores/12: vencer o Corinthians. O desafio é recíproco.

Colaborou, Alfredo Garcia, hincha xeneize.

Imagem: AFP


domingo, 24 de junho de 2012

Timão B dá virada no Palmeiras



O Corinthians, com os seus reservas, bateu, de virada o Palmeiras, pelo placar de 2X1, no Pacaembu. A primeira vitória corintiana no Brasileirão/12 foi em alto estilo, com dois golaços de Romarinho, e uma boa apresentação de Liedson. O time agora volta as suas atenções para as finais da Libertadores, contra o Boca Juniors.

 No começo do jogo, a movimentação ofensiva do Palmeiras chegou a assustar, especialmente, quando,  aos 3 min, o adversário corintiano abriu o placar. A zaga corintiana deu rebote, João Vitor chutou da entrada da área e Mazinho, sozinho, inaugurou o marcador. Os resevas, que não haviam vencido uma só partida no certame, deram a impressão que não teriam forças para reagir.

Mas, clássico é clássico, e o time foi para cima do Palmeiras; Liédson já havia quase empatado com uma linda bicicleta, pegando na trave. O Palmeiras, encurralado, deu espaços, que, antes do fim do primeiro tempo, o Corinthians aproveitou: Aos 33min, Willian passou no ataque para Liedson, que cruzou e Romarinho, de letra empatou o jogo: 1X1.

O Palmeiras voltou para o segundo tempo com Maikon Leite e Valdivia, em tentativa de Felipão em tornar o time mais ofensivo, mas o que se viu foi Romarinho aparecer de novo: Servido na entrada da área, o atacante tirou de  Cicinho e fez outro golaço. Timão 2X0. O alviverde ainda trocou Juninho por Fernandinho, mas, o Corinthians respondeu com Gilsinho no lugar de Willian e matou qualquer possibilidade de reação. 

Imagem: Daniel Teixeira / AE


quarta-feira, 20 de junho de 2012

Timão na final da Santander/Libertadores.





O Corinthians empatou em 1X1 com o Santos, com gols de Neymar, e Danilo no Pacaembu, e assegurou a sua primeira participação em uma final da Libertadores. A tensão acumulada pela Fiel no decorrer da semana chegou á um final feliz, e a decisão do título contra o vencedor entre Boca Juniors X Universidad do Chile será uma final inédita e histórica.

 Poucos perceberam, mas a vitória corintiana na Vila Belmiro tinha sido definitiva para a classificação, afinal, o Corinthians jamais perdera uma só partida no Pacaembu, e os expoentes do Santos, Arouca e Ganso, que já não haviam jogado bem em Santos, voltaram a demonstrar em São Paulo que ainda não estão 100 por cento, fisicamente. Apesar da voluntariedade, não souberam superar a melhor defesa de todos os tempos da competição continental.

Bem que o Timão deu chances para o azar, ao jogar todo o primeiro tempo em seu campo de defesa. Mas, antes do Santos abrir o placar, em lance que começou e terminou nos pés, ou melhor, na canela de Neymar, o contra ataque corintiano quase havia funcionado, quando Alex bateu com precisão, e Rafael fez uma grande defesa.

No segundo tempo, em desvantagem, Tite voltou com Liédson no lugar do apagado Willian, e logo aos 2 min, o Levezinho sofreu falta. Alex cobrou, e Danilo finalizou: 1X1. O Santos bem que tentou reagir, mas não conseguiu criar grandes situações de gol; o Timão adiantou a marcação, e ainda levou perigo para o gol santista, que não teve forças para reverter a situação. Assim, o  Corinthians tornou-se o único representante brasileirão na competição, e a sua História promete atravessar fronteiras...

Imagem: José Patrício / AE

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Para onde foi o favoritismo do Santos? (Cronistas esportivos: Procura-se.)



Cronistas esportivos da magnitude de um Nelson Rodrigues, ou Armando Nogueira devem agora estar se revirando no túmulo; nove entre dez jornalistas esportivos apontavam um favoritismo do Santos para a primeira partida da semi-final da Libertadores. O fator campo, e as presenças de Ganso e Neymar  foram os principais argumentos para apostarem as fichas no favoritinho do Brasil, e se esqueceram da análise fria e imparcial que a profissão demanda.

Talvez alguns analistas ficariam bem melhor posicionados nas arquibancadas gritando o nome do adversário corintiano, pois não repararam no “pequeno detalhe” que Ganso e Arouca entrariam em campo numa forçada de barra de Muricy Ramalho, devido a pobreza do banco santista, e que isso poderia ser fatal para o Peixe, como foi. Houve analista que teve a coragem colocar a cara diante das câmaras no pós-jogo, e expressar a sua frustração afirmando que o Corinthians jogou um futebol medíocre (!!!).

Naturalmente, façanhas de time pequena protagonizadas pela torcida santista, com bombas lançadas no reconhecimento do elenco corintiano no gramado santista, os fogos á noite no hotel da delegação, e o estranho apagão em um estádio que mal tem condições de abrigar jogos no Paulistão viraram casos abafados por profissionais de qualidade indigna de serem chamados pela profissão que os já citados Nelson Rodrigues e Armando Nogueira abrilhantavam.

Para a partida de volta, já que querem colocar o Corinthians como favorito, mas sabe-se que será uma batalha épica no Pacaembu; não se espera um passeio tranquilo de nenhuma das equipes, e vitória para qualquer lado tem chances iguais de acontecer.

 Que possa a arbitragem ser  ela, pelo menos, imparcial, diferentemente daquela na Vila, quando escanteios, e faltas na entrada da área, entradas criminosas de Durval, e Neymar em campo possam ser punidas, e tudo isso foi,  claro, ausente na mídia esportiva, onde teve até jornalista carioca chamando o Émerson de mercenário. Que descansem em paz Nelson Rodrigues, e Armando Nogueira, mas que falta vocês fazem! 

Imagem: reysdennys.blogspot.com.br

domingo, 3 de junho de 2012

O futebol paulista conquista a hegemonia no Brasil.



O futebol paulista atinge a hegemonia no Brasil no período que compreende o último semestre de 2011, e o primeiro semestre de 2012. A partir da conquista do Pentacampeonato nacional pelo Corinthians, e nas classificações dos quatro grandes de São Paulo para as semifinais da Copa do Brasil, e da Libertadores, simultaneamente, o futebol do estado vive um momento invejável.

O Palmeiras, mesmo aos trancos e barrancos, na ausência de grandes nomes no elenco, e graças á um técnico vencedor, Felipe Scolari, disputa contra o Grêmio uma das vagas para a Final da Copa do Brasil. O São Paulo, ainda que empobrecido pela ausência das taxas que recebia do Corinthians com os grandes públicos e arrecadações que o alvinegro do Parque São Jorge lhe proporcionavam, e com o mercado europeu avesso a contratações, chegou às semifinais com um time valente, e é o grande favorito para a conquista do certame, e a primeira vaga da Santander/Libertadores de 2013.

O campeão da copa mais importante do continente, o Santos, mais uma vez, disputa o título de melhor das Américas contra o Corinthians, naquela que, senão fosse a ação casuísta da Conmebol, seria a Final da Libertadores. O alvinegro praiano tem porém,  alguns fatores jogando contra: Possui 2 dos seus principais jogadores, o craque Ganso, em recuperação de cirurgia, e o motorzinho do time, Arouca, avariado, mas tem em seu técnico, o astucioso Muricy Ramalho, o seu grande trunfo. O Corinthians, que muitos analistas só fizeram criticar, mostrou que é time de chegada; com 2 gols tomados em toda a Copa Libertadores, tem jogadores experientes, e que têm demonstrado não se impressionar com o decantado “tabu” corintiano na Liberta, e tornou-se um desafio considerável para as pretensões santistas.

Os torcedores de norte a sul do país vão parar para ver um futebol que, na linha “em terra de cego quem tem um olho é rei”, é organizado, paga bem, e em dia, os seus profissionais, e que merece ter alcançado o status atual. É o futebol mais bem-sucedido do Brasil.

Imagem:ocronistaesportivo.blogspot.com.br


Roda de Corinthianos

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