Ah, Nelson Rodrigues! O mundo continua girando, mas parece
não sair do lugar; o Brasil continua o mesmo, em seu eterno complexo de
vira-lata. A Eurocopa rola no Velho Continente, absolutamente fria e sem graça,
enquanto pelas terras tupiniquins os idiotas da objetividade se recusam e
enxergar o que salta aos olhos de todos: Continuamos a produzir craques em
série.
A nossa Terra Brasilis acaba de testemunhar o
nascimento de uma estrela; uma estrela com estrela. Um jovem vindo do
Bragantino, e que o São Paulo rejeitou, e que o Santos queria de graça, nada
menos que 10% do direitos federativos por prestar à joia o favor de deixá-la
jogar ao lado de Ganso e Neymar. Pois o moleque veio para o Corinthians, e na
sua estreia no time B do Corinthians em um Derbi, humilhou o time titular
do Palmeiras, ao fazer os dois gols da virada corintiana no Brasileirão/12.
Mas, Nelson Rodrigues, parece mentira, o carinha foi
mais longe ainda. O Timão foi à Buenos Aires para a sua derradeira partida no
exterior pela Libertadores/12; perdia a partida para um Boca Juniors
infernal, e te peço, não me tome por mentiroso, mas o chapolin
brasileño calou a Bombonera lotada, empatou o jogo, e anulou a
vantagem dos argentinos, e permitiu ao Corinthians trazer a decisão da
Libertadores para o Pacaembu.
Colega, sei que vão dizer que eu estou exagerando, me
precipitando, mas veja bem, o Romarinho fez, no espaço de 4 dias, o que o badalado
“imperador” Adriano não fez em 11 meses no Timão. É, meu amigo, o futebol
brasileiro continua fértil, e nem todo o ouro que os europeus levaram da gente
consegue desvirtuar a característica, dádiva divina, de produzir craques. E que
os idiotas da objetividade continuem olhando para os gramados dos colonizadores
porque a minha terra tem Romarinho, onde tomam gols os periquitos.