domingo, 30 de dezembro de 2012

Feliz Ano Velho, Corinthians.


O 2012 que agora se despede não será esquecido jamais pela Fiel. A quebra do tabu de nunca ter conquistado uma Libertadores não poderia ter sido mais grandiosa. Os gols em minutos derradeiros das partidas, o esquema tático de Tite (uma verdadeira teia de aranha para os adversários), o revezamento nos momentos brilhantes de uma equipe sem estrelas, e a presença maciça do torcedor no Pacaembu abrilhantaram sobremaneira a conquista invicta do Corinthians.

A final não poderia ter sido contra outro time que não o Boca Juniors, outrora bicho-papão das Américas. Os xeneizes –que desclassificaram o Fluminense– se acharam favoritos, mas sucumbiram diante de um forte Corinthians, que ensinou ao Brasil a respeitá-lo. A audiência maior que das partidas de Copa do Mundo demonstrou, de forma cabal, o quão especiais foram as disputas finais entre Corinthians x Boca Juniors.

Para a partida contra os ingleses em Tóquio, milhões de brasileiros pularam cedo da cama para torcer por um final de ano amargo para os corintianos. Mas a amargura ficou por conta deles próprios. A final em Tóquio não foi uma partida de uma jornada infeliz do Chelsea, mas, sim, um jogo de alto nível, no qual os dois times mediram forças, e o Timão demonstrou que pôde mais.

Supremacia nas Américas, supremacia no Mundo. O que mais a Fiel poderia pedir? Aos torcedores contrários ficaram os resmungos, pois além de terem que engolir um Corinthians supercampeão da Libertadores e do Mundo, ainda tiveram que engolir uma invasão da mais poderosa torcida visitante ao Japão. Quando, seja na Copa Jipe, ou no Mundial da FIFA, que qualquer torcida fez o que a Fiel fez em Tóquio, quando levou a Pacaembu para lá?

2012 foi um ano feliz para os corintianos. Dizem que agora o time será caçado. Quando o Corinthians não foi caçado, o adversário a ser batido? Pergunta-se até quando a vai durar a alegria corintiana. Pela estrutura que vem sendo montada no clube não vão demorar a se perguntar: Até quando, meu deus? 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Um Natal Corintiano.





Não sei se porque já provei o gosto de ter conquistado o Mundial da FIFA, na sua versão inaugural, em 2000, quando fui ao Morumbi ver o Corinthians desclassificar o Real Madrid -o bicho-papão da época, ou se porque ainda meus olhos lacrimejam quando revejo o compacto da campanha alvinegra na Libertadores/12, também conquistado pelo Timão, mas eu não sinto hoje, às vésperas de decidir o bicampeonato no Japão,nem a metade da emoção que senti antes do jogo contra o Boca Juniors, da Argentina.

Dizem que sou louco, e talvez tenham razão. O Japão é o sonho de conquista de 10 entre 10 torcedores brasileiros, e dizer o que estou dizendo talvez me coloque como um ponto fora da curva . Mas não posso negar que os embates contra times nos recantos mais exóticos da América do Sul e México, campos de várzea, comportamentos idem, sob a égide da mais exótica ainda Conmebol traz mais adrenalina, e o título é bem mais difícil de ser conquistado, afinal, o quê são dois jogos perto dos 14 da Libertadores?

Não sei se os europeus consideram a Liga dos Campeões mais importante que o Mundial da FIFA . O discurso não deixa dúvidas, como nas palavras de Lampard: "É um grande torneio pelo que significa. O caminho percorrido para chegar até aqui é longo. As pessoas falam que são só dois jogos, mas tem de ter feito muito para chegar até aqui. Significa muito para os clubes ganharem, então precisamos de foco, como fazemos no Campeonato Inglês" .

Não há dúvidas que os argumentos do meia do Chelsea são difíceis de refutar, e os dois times, de fato, trilharam um longo caminho para chegar ao Japão. Literal, e figuradamente. Não vou, portanto, brigar contra esses argumentos dos ingleses, e o Chelsea ainda colocou em seu site uma contagem regressiva para o começo da partida, indicador de que o tal desdém europeu pelo Mundial esteja mais na cabeça de invejosos.

Também não vou dizer que não me importo com o Mundial, claro que me importo. Mas não é a emoção da Libertadores. De qualquer maneira, conforme li de um blogueiro torcedor dos Blues, “estou como uma criança na véspera de Natal. E ganhar o título de melhor equipe da Terra seria o presente perfeito do Papai Noel.”


Imagens: vejasp.abril

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Timão se classificou no sufoco.




Dois tempos distintos, e bastante sofrimento para o torcedor. Foi assim que o Timão se classificou para a sua segunda decisão em Mundiais da FIFA. Na primeira etapa, domínio absoluto, e um  gol de Guerrero, aos 29 minutos do primeiro tempo. Parecia que seria fácil: não foi.

Houve quem dissesse que  o Al Ahly era um time que pregava no segundo tempo com má preparação física. Não foi. E quem surpreendentemente desapareceu de campo foi o Corinthians, totalmente irreconhecível. Os egípcios não se valeram da situação por serem um time fraco –seria rebaixado facilmente junto com o Palmeiras se jogasse o Brasileirão.

Nem por sonho o Corinthians poderá repetir a atuação do segundo tempo, extremamente preocupante. O goleiro Cássio, com o time tomando sufoco, repunha a bola rapidamente; Douglas desapareceu, e o meio de campo, sem dar combate, fez com que o time ficasse a mercê do ataque (péssimo) do adversário. O Corinthians sequer tentou prender a bola no ataque.

Feliz classificação. Mas para a decisão, seja lá qual for o adversário, Tite vai precisar fazer mudanças. Este blog alertou sobre a má fase de Emerson Sheik, e a importância que Martinez tem para esse time, piorado em relação ao da Libertadores. O negócio será torcer para que o time cresça, e que essa pane tenha sido devido à pressão da estreia, porque se der esse mole na final...

GOL: Douglas dominou a bola no rebote, e alçou para a área. Guerrero cabeceou deslocando o goleiro. Timão 1X0


Foto: Toru Hanai / Reuters

domingo, 11 de novembro de 2012

Palmeiras. Entregou em 2010; se entregou em 2012.




Essas são as voltas que a vida dá. Em 2010, o Corinthians, como, aliás, sempre faz, brigava pelo título do Brasileirão, e a torcida do Palmeiras (que não sabe o que é ganhar um Campeonato Brasileiro já faz tempo), exigiu que o time entregasse o jogo ao Fluminense, mesmo rival de hoje. O time palmeirense, a despeito de ter alguns jogadores de brio em campo, perdeu por 2X1, dificultando a caminhada do Corinthians no ano de seu Centenário.

Ironia do destino! Precisando desesperadamente de uma vitória para escapar do rebaixamento (o segundo, em 10 anos), o time não teve forças para impedir que o próprio Fluminense lhe derrotasse pelo mesmo placar de 2010i, e o deixasse virtualmente rebaixado. Curiosamente, enquanto o Corinthians comemorou a Libertadores, e agora, se prepara para ir a Tóquio, o Palmeiras dá a Fiel o imenso prazer de vê-lo na Segunda Divisão.

Em 2011, por ocasião do Pentacampeonato corintiano, os palmeirenses pediram, em vão,  para o time entregar o jogo para o Vasco. A torcida do Palmeiras, cujo time há tempos é mero figurante no Brasileirão, tem demonstrado que gosta de pedir para o time entregar jogos, e agora,  poderá pedir a vontade para o time entregar, por exemplo, um jogo para o ASA de Arapiraca, para evitar que o Guarani de Campinas seja campeão. Cai, Palmeiras!


Eduardo Knapp - 28.nov.10/Folhapress

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

ENTREVISTA COM BASÍLIO. PUBLICADO NO JORNAL "O FIEL" EM 2010.


ENTREVISTA COM BASÍLIO                                                          Dirceu Barros
                                                                                                                     
        João Roberto Basílio, 61, o jogador que entrou para uma das páginas mais importantes do Centenário do Corinthians, graças ao gol iluminado que acabou com o jejum de títulos de mais de 22 anos do alvinegro, concedeu a essa entrevista na sede da Associação que preside,  Craques de Sempre, entidade ligada a Secretaria Municipal de Esportes, onde atuam ex-atletas profissionais na direção de escolas de futebol para a população de jovens carentes; e faz comentários esportivos no canal fechado BlueTV.


         A INVASÃO CORINTIANA


Dirceu Barros: Como foi para os jogadores presenciarem a invasão maciça da Fiel no Maracanã?
  O primeiro a visualizar toda aquela multidão fui eu. Como eu estava no banco (Basílio havia entrado em campo no segundo tempo, substituindo Givanildo) a gente tem o costume de deixar as malas no vestiário e sair para ver se tem preliminar, e ver as condições do gramado, etc. Ao ver  aquilo chamei o pessoal para mostrar como estavam as arquibancadas, divididas ao meio. Eu verifiquei que estávamos até com uma porcentagem a mais, pois na parte do fosso, havia torcedores do Corinthians, Flamengo, Vasco e do Botafogo. O presidente do Fluminense, Francisco Horta liberou 70 mil ingressos para o Corinthians, e tinha sido alertado pelo Rivellino que estava mexendo num vespeiro, mas não o levou a sério. Os próprios torcedores se surpreenderam, acho que todos decidiram ao mesmo tempo,   ir ao Maracanã.
Esse episódio deve virar um filme. Jamais vai ser se repetir.


D.B.:Na final contra o Inter, foi verdadeiro o sufoco que time e torcida sofreram extra-campo?

A diretoria do Inter, principalmente, apavorou todo mundo , mas foi um terror generalizado.  Quando torcedores se identificavam na cidade, tinham dificuldades para acomodação e alimentação. No estádio, a  torcida ficou muito mal-acomodada; faltou água,  fazia muito calor, e fecharam os banheiros. A dona Marlene levou tapa na cabeça, e chutaram o seu Vicente  (o ex-presidente Vicente Matheus e sua esposa), embora nada disso tenha diminuído o mérito do time do Internacional, que era espetacular.


D.B.: Se o Corinthians tivesse empatado aquela partida (houve um gol corintiano mal anulado quando o time perdia por 1x0), você acredita que a história poderia ter sido mudada, ou o Inter era mesmo imbatível em casa?  
Quem veste a camisa do Corinthians conhece o aspecto emocional que move o time. Se tivéssemos empatado aquela partida, a história poderia ter sido outra. Foi o que aconteceu na partida contra o Fluminense.


1977


D.B.:  Na primeira partida,  o Corinthians venceu por 1x0; na segunda, Morumbi abarrotado de gente, fim do primeiro tempo, Timão 1x0. Veio o segundo tempo, e a virada: Ponte 2x1. O multidão de 140 mil pessoas saiu em silencio,  como se estivesse saindo de um velório. Como se sente o jogador num momento como esse?
Nós mal víamos a hora de chegar a quinta-feira. Jogávamos até por um empate na prorrogação, mas queríamos a vitória. Foi feita uma boa preparação psicológica, e chegávamos a brincar com a ameaça que representavam os jogadores da Ponte Preta. A desconfiança ficou para o torcedor, que já havia sofrido decepção nos anos anteriores, mas para nós, jogadores, o sentimento era  de confiança.


D.B.:O sentimento frustração pela falta de títulos naquela época foi desfeita pelo seu gol,  mas  parece se repetir agora em relação a Libertadores. Será que teremos em breve
 um novo Basílio,  para fazer um gol salvador?
 O mais importante será uma sequencia de disputas da Libertadores. O que não pode é jogar um ano, e depois ficar três sem jogar. Uma sequencia de disputas fatalmente levará a conquista do título, e eu, como torcedor, espero muito por isso.



“A atual diretoria sempre me procura, e me convida para  todos os eventos que o clube realiza, e isso é algo que honra muito  a mim, e a minha família. Anteriormente, até barrado na portaria eu era.”


D.B.:Como foi a sua adaptação ao se aposentar dos gramados?
Eu parei consciente. Quando sai do Corinthians, metade do passe era meu, metade do clube. Ganhei o passe do Corinthians, cheguei em minha casa com a boa nova, mas ao mesmo tempo me deparei com o agravamento da saúde da minha mãe. Julguei que teria a vida toda para trabalhar e ganhar dinheiro, mas o momento exigia o meu carinho e a dedicação total à família.
A maioria dos jogadores não tem preparo para parar de jogar, e muitas vezes sofrem de depressão, ou fazem escolhas erradas, e não é raro ver ex-jogadores se perderem.

D.B.: Há algum arrependimento na sua carreira?
Não. Eu joguei na época certa, no momento certo. Os gramados eram ruins, as condições mais difíceis, os materiais esportivos inferiores. Alguns perguntam se Pelé jogasse nos dias de hoje, faria os mil gols que fez.  Eu digo que se ele jogasse hoje, não teria feito mil gols, mas quatro mil. É a minha geração, e só tenho coisas boas para guardar.

D.B.: Qual jogador corintiano que você mais admirou?
O craque que vi jogar chama-se Roberto Rivellino, sem dúvida nenhuma. Ele sempre quis que jogássemos juntos, mas eu acabei por substituí-lo no Corinthians, veja como é a vida. Mas, também não seria justo deixar de mencionar o Zé Maria e o Wladimir, regulares como relógios, nunca decepcionavam. Dos mais recentes, Tevez foi um vencedor, e Ronaldo, que embora não seja o mesmo que jogava na Europa, ainda consegue fazer a diferença. Surpreendeu, e conquistou títulos no Corinthians.

D.B.: Fazer aquele gol que te colocaria na história, era algo que passava pela sua cabeça?
               Nem em sonho. Quando o Brandão falou que eu faria o gol, eu respondi que o gol                                    poderia ser até do goleiro Tobias, o importante era a conquista do título. Pensávamos em passar para a história como um grupo que quebrou o jejum de títulos. O desejo era o de ser campeão pelo Corinthians; não caiu a minha ficha na hora, da importância daquele gol. Até  hoje crianças pedem para tirar fotografias comigo, e eu lhes pergunto como eles conhecem, e eles respondem que me conhecem pelas fotografias, pelos filmes, pelas histórias que seus avós contam. Então, no dia do gol, nem tinha como eu imaginar a dimensão que aquilo tomaria.


D.B.: Você se sente plenamente reconhecido pelo seu feito?
Eu me sinto totalmente reconhecido, não só pela Nação Corintiana, mas também pelos torcedores de outros times.


CORINTHIANS HOJE

D.B.: Como você vê o time atual?
O Corinthians está no caminho certo. Tenho conversado com o presidente, e ele me disse que está de olho nas revelações dos times brasileiros, e creio que esse é o caminho a seguir, e isso pode ser notado nos jovens jogadores que têm se firmado no time atual.


D.B.:  Como é a sua relação com o Timão, hoje?
Maravilhosa, especialmente com a atual diretoria. Ela sempre me procura, e me convida para todos os eventos que realiza, e isso é algo que honra muito  a mim e a minha família. Anteriormente, até barrado na portaria eu era.


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Timão derrota Inter, e já mira G-4.




 O Corinthians derrotou o Internacional, com um grande público no Pacaembu, pelo placar de 1X0, com gol do zagueiro Paulo André, e completou 10 jogos invicto no Brasileirão/12. Enquanto os times do G-4 conheceram apenas empates e derrota, o Timão conseguiu diminuir a diferença, e está apenas 7 pontos do Grêmio, 4º colocado na tabela de classificação.

Os  vários desfalques das duas equipes refletiram num jogo bastante pegado no primeiro tempo, mas, sem nenhuma criação, com as defesas predominando sobre os improvisados ataques .  Alguma movimentação no início da partida, mas nada tão contundente que justificasse a inauguração do placar no jogo, apesar de Rafael Moura, pelo Inter, e Martínez, pelo Corinthians terem demonstrado bastante disposição.

Pior para o Inter, pois o Timão sempre sobe de produção nas etapas complementares dos seus jogos, e apesar da prevalência de um certo equilíbrio entre os dois times nos momentos iniciais do segundo tempo, foi  se soltando, até que, aos 23 min, Fábio Santos, após receber passe de Martínez, sofreu falta, e na cobrança, Douglas achou Paulo André na área, que cabeceou e abrir o placar: Timão 1X0. O Inter sentiu o golpe, e foi ainda assediado sucessivas vezes, mas quando tentou reagir na partida, não teve forças para superar a marcação corinthiana, e deixou o Corinthians cheio de moral para o clássico de domingo, contra o Santos.

Imagem: José Patrício/ AE

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quarta-feira, 25 de julho de 2012

O Timão voltou para vencer... e assombrar.



O Corinthians venceu o Cruzeiro por 2X0, com gols de Chicão e Danilo, um cada tempo, no Pacaembu, para um público total de mais de 30 mil pessoas. Os paulistas atingem, assim, a sua meta de alcançar o meio da tabela, e consolidar a sua recuperação no Brasileirão, e curiosamente, bateu o time que lhe havia quebrado a invencibilidade no Brasleirão/11, quando se sagraram Pentacampeões, e a vitória pode marcar uma nova série invicta, que lhe colocaria, em definitivo, na briga por mais um título no ano.

O Timão veio a campo desfalcado de Douglas, mas com postura de quem queria a vitória; insinuante, ofensivo,e parado muitas vezes com faltas pelos mineiros do Cruzeiro. E, justamente em uma dessas faltas ocorreu o pênalti, quando Sandro Silva derrubou Jorge Henrique dentro da área. Chicão bateu, e fez justiça ao melhor futebol dos anfitriões, aos 22 minutos: Corinthians 1x0. O Corinthians ainda teve oportunidades para ampliar o placar, ante a uma perdida Raposa, mas levou a vantagem mínima para o vestiário.

Na etapa complementar, o Timão recomeçou pressionando o Cruzeiro, mas desperdiçando chances, viu os mineiros se equilibrarem em campo, e chegarem até a dominar parte do segundo tempo, mas, sem levar um real perigo à meta de Cássio. E assim, sem ter forças para reagir, os visitantes ainda bobearam no finalzinho do jogo, e assistiram ao aniversariante Paulinho fazer um golaço, de fora da área, nos acréscimos, e decretar o placar final: Corinthians 2X0. A Fiel, em bom número no estádio, ainda pode ver a estreia, ainda que por poucos minutos, do peruano Guerrero, e o Timão já começa a preocupar o pelotão dianteiro da tabela de classificação. Será?!

Foto: Daniel Teixeira / AE

quarta-feira, 18 de julho de 2012

O Timão expôs o Flamengo ao ridículo: 3X0.




O Corinthians não teve dó nem piedade do Flamengo, e superior nos 90 minutos, impôs uma dura goleada sobre o rubro-negro carioca, em pleno Engenhão, por 3X0, com dois gols de Douglas e um de Danilo, pela décima rodada do Brasileiro. Esta foi a segunda vitória consecutiva do Timão, que voltou a jogar bem, e promete dar trabalho aos adversários ao longo do campeonato; o time ainda se deu ao luxo de desperdiçar um pênalti, com Émerson.

Desde o apito inicial, o Corinthians foi quem apresentou s jogadas mais ofensivas da partida, e, com a defesa bem postada, e bem guardada, com Ralf em noite exuberante, poucas chances ofereceu ao frágil Flamengo; o jogo parecia de adversários de divisões diferentes, tamanha a superioridade corintiana, que, brincando em campo, foi fazendo os seus gols. O primeiro, na bobeada de Bottinelli, que deixou Douglas bater-lhe a carteira, aos 26 minutos, e livre, avançou para dentro da área carioca, e fuzilou, abrindo o marcador: Timão 1X0.

O Flamengo ainda tentou reagir, mas parecia um irmãozinho tentando bater no irmão mais velho, e, aos 39, vacilou de novo, desta feita com Renato, que ao tirar a bola da área, serviu o inspirado Douglas, que não perdoou: Timão 2X0. O sistema defensivo do Corinthians prevaleceu sobre o perdido Flamengo, que voltou com alterações para o segundo tempo, mas insuficientes para deter o passeio que o Corinthians realizava em campo; aos 9 minutos, os visitantes fizeram uma bela troca de passes no ataque, com Douglas e Romarinho, e a bola foi lançada para Danilo fazer o terceiro gol do jogo, um belo gol, por sinal:Timão 3X0.

 O Flamengo acusou o golpe, quase levou mais um, na falta de Airton sobre Emerson, que perdeu pênalti, na arrojada defesa do bom goleiro Paulo Vitor; derrota que expôs o time carioca ao ridículo, pela falta de recursos técnicos, e pela total incapacidade de reação, e enfureceu aos poucos torcedores que compareceram ao Engenhão, que vaiaram muito o técnico Joel Santana, como se ele fosse o culpado pelas lambanças da presidente paraquedista no futebol que foi eleita no clube. Quanto ao Corinthians, parece que a disputa pela condição de titular no time pelos recém contratados  ainda vai render muitas alegrias a Fiel.

Imagem: Wagner Meier/AE

terça-feira, 17 de julho de 2012

O Corinthians vive o melhor momento da sua História.





Em artigo publicado no site da Forbes, conceituada revista norte-americana de economia e finanças, em artigo entitulado “Corinthians, O Único Clube de Futebol Bilionário do Brasil”, o Corinthians foi destacado pelo valor de R$ 1.005 bilhão à ele atribuído, em estudo da empresa de consultoria BDO, e a revista ainda lembra que não estão computados os dados de 2012, ano de intensa projeção internacional, e arrecadações provenientes da conquista da Libertadores/12.

Na realidade, a ousadia de Andres Sanchez, no final de 2008, em apostar na contratação de Ronaldo Fenômeno, apesar de bastante criticada por experts, foi a mola propulsora que o clube precisava para dar início a uma exploração do seu incrível potencial,  resultante da atração que o clube exerce sobre os seus fãs, maior massa consumidora no estado líder do Brasil; e  que se acelerou com o pesado investimento de meados de 2011, que deu todos os frutos possíveis, com a conquista do Penta, e da inédita Copa Libertadores.

Entretanto, a realização do sonho da conquista das Américas pelo Corinthians, ao invés de aquietar a Fiel, apenas a instigou, e não somente devido a participação da equipe no Campeonato Mundial Interclubes no Japão, em dezembro, mas pela paixão pelo clube, em si. Ou, o que mais justificaria a presença de 25 mil pessoas no Pacaembu, na vitória contra o Náutico, quando no dia seguinte, pouco mais de 8 mil pessoas testemunharam o empate entre Palmeiras e São Paulo? A Fiel tem fome de Corinthians!

Assim, o Timão, que se destaca dos rivais nacionais, seja em termos financeiros, seja em termos de conquistas recentes, ou, seja pela bela perspectiva de participar do Mundial em Dezembro, da Libertadores/13, e da entrega do estádio que vai abrir a Copa do Mundo de 2014, vive o melhor momento da sua História.

Imagem: lancenet.com.br

terça-feira, 10 de julho de 2012

O Timão em busca do título brasileiro e mundial.



Em entrevista à um site paulista, o goleiro Cássio, campeão da Libertadores/12, afirmou que o título recém-conquistado não foi a meta principal da equipe no ano. Segundo ele “ainda falta andar a outra metade do caminho” Após ter testemunhado toda a pressão e descrédito sofrido pelo clube, o goleirão disparou: "Ano passado (depois do jogo com o Tolima), todo mundo estava falando mal do Corinthians, que nunca ia ganhar a Libertadores. E agora está aí, campeão da Libertadores, nosso estádio vai ficar pronto e vão ter de achar outra coisa pra falar de nós."

Cássio tem crédito, pois foi um dos que acrescentaram força à equipe, desde que assumiu a condição de titular, e a Fiel espera que o time realmente não durma sobre os louros da conquista.  O técnico Tite, esclarecido, pretende ir além do que foram as equipes brasileiras na Libertadores, e a incômoda posição atual do Corinthians na tabela não desanima, pois sabe que o Brasileirão é longo, e que existem diversas variáveis no decorrer de um campeonato, onde é quase impossível para qualquer clube manter a regularidade.

A principal preocupação do técnico e da torcida é com a capacidade do clube em manter o seu elenco, e em caso negativo, a capacidade de repor com qualidade em um mercado inflacionado. A partida desta quarta-feira, contra o Botafogo, poderá mostrar se o time tem a motivação necessária para brigar por seu sexto título nacional, e manter o nível técnico para enfrentar o Chelsea (hai, iremos à Tóquio enfrentar o campeão europeu).

Imagem: Epitácio Pessoa/AE

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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Invicto, o Corinthians lavou a alma da Fiel.




O dia  04 de julho de 2012 vai ser lembrado pela eternidade, de geração em geração dos corinthianos. A luz da lua cheia, perfeita lua de São Jorge iluminava a cidade de São Paulo, cidade de ruas vazias no momento do jogo, tal qual a Seleção Brasileira em Final de Copa do Mundo, e a maior cidade do país respirava futebol; a ansiedade dos torcedores foi algo monstruoso, pois sabiam eles que a noite seria de céu, ou inferno.

O adversário, o matador Boca Juniors, algoz de times brasileiros era o adversário, mas, no Pacaembu ficou bem claro, claro como a luz da lua, que o Corinthians é mais time que os argentinos, e o ataque deles nãofoi páreo para uma defesa intransponível. A catimba dos xeneizes tampouco se igualou à  malandragem brasileira de Jorge Henrique e Sheik , esse, aliás, o grande nome da final, embora todos os nomes estejam gravados para a posteridade:  Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Alex (Douglas) e Danilo; Jorge Henrique (Wallace) e Emerson (Liedson), e o técnico Tite.

Os jornais hoje estamparão crônicas belas, de poetas da oportunidade, aqueles mesmos que vinham desdenhando do desejo corinthiano de conquistar do troféu de melhor da América, juntamente com uma legião de secadores; todos os adversários do Timão eram favoritos: foi assim com o Vasco, o Santos, e principalmente, o Boca Juniors, que ostenta a fama de ter sido seis vezes campeão da Libertadores, e quem dissesse que o Corinthians era favorito, era tachado de louco (!), fanático, ou que não entendia de futebol.

A conquista épica, inédita, e invicta fez com que valesse a pena todo o tempo na fila de espera, pois o Corinthians lavou a alma da Fiel, não dando chances aos arrogantes argentinos, e vai a Tóquio, rumo  ao bicampeonato do Mundial da Fifa; e curiosamente, o último campeão invicto havia sido o próprio Boca, em 1978. E assim, com dois gols de Emerson,  o Corinthians decretou a aposentadoria do capitão Riquelme, e surge, com a decadência dos xeneizes,  como o mais novo dono da América.

Imagem: José Patricio/AE

domingo, 1 de julho de 2012

Timão e Boca: O ultimo tango em São Paulo.



Corinthians e Boca Juniors fazem, nesta quarta-feira,  em São Paulo, a grande ultima partida da Copa Libertadores/2012. Estão previstas as mesmas escalações iniciais das duas equipes no jogo de ida, e desta feita, o duelo é no Pacaembu, onde o Timão desconhece derrotas na competição, tendo sido o  palco das eliminações de Emelec, Vasco, e Santos, e a despeito da fama de ir bem fora de casa, os xeneizes ignoram o que seja a Fiel, a torcida que os jogadores adversários mais temem,  no Pacaembu.

 O Boca vem com a confiança baseada em seu histórico de grande conquistador da Libertadores, e mordido pelo atrevimento corintiano na Bombonera, onde foi tirada, diante da sua torcida, a vantagem para o jogo final; aliás, se o regulamento não fosse diferente nas finais do que é nas outras fases, os argentinos, tendo levado um gol em casa, precisariam da vitória. O adversário corintiano, em que pese estar com um elenco cuja qualidade é distante daqueles que teve nas suas grandes conquistas, exibe um quê de arrogância, revelador da sua insegurança.

O Corinthians, por sua vez, conta com a maturidade de seus principais jogadores, alguns já campeões da Libertadores, e com a experiência de Tite, técnico algoz dos argentinos, que nunca conseguiram derrotá-lo. A equipe paulista tem em seus planos a intenção de vingar todas os clubes brasileiros que  tombaram em finais de Libertadores contra o Boca, a saber:  Cruzeiro, Palmeiras, Santos, e Grêmio, e o feito seria a cara do Timão, que pretende dançar um tango em com o Boca em São Paulo. E um bom tango sempre conta histórias tristes de argentinos...

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Minha terra tem Romarinho. (Á Nelson Rodrigues)


Ah, Nelson Rodrigues! O mundo continua girando, mas parece não sair do lugar;  o Brasil continua o mesmo, em seu eterno complexo de vira-lata. A Eurocopa rola no Velho Continente, absolutamente fria e sem graça, enquanto pelas terras tupiniquins os idiotas da objetividade se recusam e enxergar o que salta aos olhos de todos: Continuamos a produzir craques em série.

A nossa  Terra Brasilis acaba de testemunhar o nascimento de uma estrela; uma estrela  com estrela. Um jovem vindo do Bragantino, e que o São Paulo rejeitou, e que o Santos queria de graça, nada menos que 10% do direitos federativos por prestar à joia o favor de deixá-la jogar ao lado de Ganso e Neymar. Pois o moleque veio para o Corinthians, e na sua estreia no time B do Corinthians em um  Derbi, humilhou o time titular do Palmeiras, ao fazer os dois gols da virada corintiana no Brasileirão/12.

Mas, Nelson  Rodrigues, parece mentira, o carinha foi mais longe ainda. O Timão foi à Buenos Aires para a sua derradeira partida no exterior pela Libertadores/12;  perdia a partida para um Boca Juniors infernal, e te peço, não me tome por mentiroso, mas o chapolin brasileño calou a Bombonera lotada, empatou o jogo, e anulou a vantagem dos argentinos, e permitiu ao Corinthians trazer a decisão da Libertadores para o Pacaembu.

Colega, sei que vão dizer que eu estou exagerando, me precipitando, mas veja bem, o Romarinho fez, no espaço de 4 dias, o que o badalado “imperador” Adriano não fez em 11 meses no Timão. É, meu amigo, o futebol brasileiro continua fértil, e nem todo o ouro que os europeus levaram da gente consegue desvirtuar a característica, dádiva divina, de produzir craques. E que os idiotas da objetividade continuem olhando para os gramados dos colonizadores porque a minha terra tem Romarinho,  onde tomam gols os periquitos.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Romarinho calou a Bombonera, e Timão arrancou empate.







O Corinthians, após estar perdendo a partida contra o Boca Juniors, da Argentina, logrou empatar a partida aos 39 min do segundo tempo. Os gols foram marcados por Roncaglia, e Romarinho, em seu primeiro toque na bola. O empate, arrancado da forma em foi, em plena Bombonera, teve sabor de vitória para o Timão, que traz a decisão para a sua casa, o Pacaembu, na próxima quarta-feira, com a Fiel a seu favor.

O primeiro tempo foi amarrado, e o Corinthians não ofereceu muitas chances de finalização ao Boca; o goleiro Cássio pouco trabalhou. Não que o Boca, veloz, e marcando sobre pressão, estivesse fazendo uma partida ruim, mas o Corinthians se defendeu de forma compacta, como, aliás, vem fazendo em toda as partidas da Libertadores, e por incrível que possa parecer, foi do Corinthians a melhor oportunidade da etapa, com Paulinho levando o goleiro Orión à uma grande defesa; no mais, o Timão ignorou o tão badalado caldeirão, e levou o empate para o vestiário.

Ainda na primeira etapa, o técnico Tite teve que mudar seus planos, após Jorge Henrique sentir uma contusão, e ser substituído por Liédson; e, na segunda etapa pintou o terror da pressão dos locais. O time recuou, e perdeu o meio de campo, deixando o time xeneize ameaçar constantemente a meta de Cássio; o ataque não conseguia reter a bola, e o Boca, de tanto martelar, conseguiu, aos 28 min abrir o marcador: Santiago Silva cabeceou a bola em cobrança de escanteio, Chicão salvou em cima da linha, mas a bola rebateu na trave e Roncaglia marcou: Boca 1X0.

Tite tirou Danilo, e colocou Romarinho em campo. Aos 40 min, Paulinho roubou a bola no meio e avançou em velocidade, passou para Emerson que deu um belo drible no marcador,  e serviu Romarinho, que tocou por sobre o goleiro Orión: 1X1. O gol foi um tremendo balde de água fria nos argentinos, que ainda lutou, mas, sentiu o golpe, e saiu de campo inconformado.

Na partida anterior do Corinthians, pelo campeonato brasileiro, o site portenho Ole , com seu olho clínico, havia alertado ao Boca sobre Romarinho em um artigo entitulado “Ojo com este Chapulin” ; o Boca não ouviu. No post anterior, este blog havia avisado que “ nos jogos do alvinegro, o que chama a atenção é que cada partida traz um nome diferente, fazendo a diferença. Pode ser Paulinho, pode ser Danilo, pode ser Émerson, pode ser Alex, ou pode vir do banco de reservas”; O Boca não leu!


Imagem: Daniel Garcia: France Presse

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Boca X Corinthians: O nascimento de uma grande rivalidade?


No imaginário de um torcedor corintiano, uma final de Libertadores, contra o Boca Juniors, no estádio de La Bombonera, seria uma partida arquetípica a validar a consagração do Corinthians, em caso de vitória. Quiseram os deuses do futebol que a imaginação da Fiel se materializasse na forma deste confronto que ocorre nesta quarta-feira, clássico entre dois clubes gigantes da Argentina, e do Brasil, países rivais até as raízes dos cabelos no futebol e que pode ser a gênese de uma grande rivalidade, e não poderia ser diferente;  com o devido respeito aos River Plates, La Us, Once Caldas, e Olimpias da vida, nada poderia se comparar a um confronto entre Corinthians e Boca Juniors.

Ambos são irmão nas origens humildes, na garra, no fanatismo, e na paixão; e os xeneizes, que alcançaram um vice-campeonato em 1963, e, após ver o Independiente conquistar a Libertadores por seis vezes, só veio a conquistá-la em 1977, ano marcante também para o Corinthians, e depois ainda foi campeão em 78/2000/01/03/07; uma história longa, e recheada de conquistas, mas também coleciona 3 derrotas em finais; o destaque da equipe é o jogador Riquelme, e de sua performance depende o destino de um Boca, que, embora distante do que já foi no passado, tem na camisa e na garra a maior ameaça às pretensões brasileiras.

O Timão, “novato” em decisões de Libertadores chega com gana, e sem destaques; seu ponto forte é o conjunto, aliado à velocidade, e sua defesa é fator de preocupação para o Boca, tendo sido vazada em apenas três oportunidades na competição. Nos jogos do alvinegro, o que chama a atenção é que cada partida traz um nome diferente, fazendo a diferença. Pode ser Paulinho, pode ser Danilo, pode ser Émerson, pode ser Alex, ou pode vir do banco de reservas, simplesmente. e na verdade, os argentinos precisarão fazer o que nenhum time conseguiu até agora na Libertadores/12: vencer o Corinthians. O desafio é recíproco.

Colaborou, Alfredo Garcia, hincha xeneize.

Imagem: AFP


domingo, 24 de junho de 2012

Timão B dá virada no Palmeiras



O Corinthians, com os seus reservas, bateu, de virada o Palmeiras, pelo placar de 2X1, no Pacaembu. A primeira vitória corintiana no Brasileirão/12 foi em alto estilo, com dois golaços de Romarinho, e uma boa apresentação de Liedson. O time agora volta as suas atenções para as finais da Libertadores, contra o Boca Juniors.

 No começo do jogo, a movimentação ofensiva do Palmeiras chegou a assustar, especialmente, quando,  aos 3 min, o adversário corintiano abriu o placar. A zaga corintiana deu rebote, João Vitor chutou da entrada da área e Mazinho, sozinho, inaugurou o marcador. Os resevas, que não haviam vencido uma só partida no certame, deram a impressão que não teriam forças para reagir.

Mas, clássico é clássico, e o time foi para cima do Palmeiras; Liédson já havia quase empatado com uma linda bicicleta, pegando na trave. O Palmeiras, encurralado, deu espaços, que, antes do fim do primeiro tempo, o Corinthians aproveitou: Aos 33min, Willian passou no ataque para Liedson, que cruzou e Romarinho, de letra empatou o jogo: 1X1.

O Palmeiras voltou para o segundo tempo com Maikon Leite e Valdivia, em tentativa de Felipão em tornar o time mais ofensivo, mas o que se viu foi Romarinho aparecer de novo: Servido na entrada da área, o atacante tirou de  Cicinho e fez outro golaço. Timão 2X0. O alviverde ainda trocou Juninho por Fernandinho, mas, o Corinthians respondeu com Gilsinho no lugar de Willian e matou qualquer possibilidade de reação. 

Imagem: Daniel Teixeira / AE


quarta-feira, 20 de junho de 2012

Timão na final da Santander/Libertadores.





O Corinthians empatou em 1X1 com o Santos, com gols de Neymar, e Danilo no Pacaembu, e assegurou a sua primeira participação em uma final da Libertadores. A tensão acumulada pela Fiel no decorrer da semana chegou á um final feliz, e a decisão do título contra o vencedor entre Boca Juniors X Universidad do Chile será uma final inédita e histórica.

 Poucos perceberam, mas a vitória corintiana na Vila Belmiro tinha sido definitiva para a classificação, afinal, o Corinthians jamais perdera uma só partida no Pacaembu, e os expoentes do Santos, Arouca e Ganso, que já não haviam jogado bem em Santos, voltaram a demonstrar em São Paulo que ainda não estão 100 por cento, fisicamente. Apesar da voluntariedade, não souberam superar a melhor defesa de todos os tempos da competição continental.

Bem que o Timão deu chances para o azar, ao jogar todo o primeiro tempo em seu campo de defesa. Mas, antes do Santos abrir o placar, em lance que começou e terminou nos pés, ou melhor, na canela de Neymar, o contra ataque corintiano quase havia funcionado, quando Alex bateu com precisão, e Rafael fez uma grande defesa.

No segundo tempo, em desvantagem, Tite voltou com Liédson no lugar do apagado Willian, e logo aos 2 min, o Levezinho sofreu falta. Alex cobrou, e Danilo finalizou: 1X1. O Santos bem que tentou reagir, mas não conseguiu criar grandes situações de gol; o Timão adiantou a marcação, e ainda levou perigo para o gol santista, que não teve forças para reverter a situação. Assim, o  Corinthians tornou-se o único representante brasileirão na competição, e a sua História promete atravessar fronteiras...

Imagem: José Patrício / AE

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Para onde foi o favoritismo do Santos? (Cronistas esportivos: Procura-se.)



Cronistas esportivos da magnitude de um Nelson Rodrigues, ou Armando Nogueira devem agora estar se revirando no túmulo; nove entre dez jornalistas esportivos apontavam um favoritismo do Santos para a primeira partida da semi-final da Libertadores. O fator campo, e as presenças de Ganso e Neymar  foram os principais argumentos para apostarem as fichas no favoritinho do Brasil, e se esqueceram da análise fria e imparcial que a profissão demanda.

Talvez alguns analistas ficariam bem melhor posicionados nas arquibancadas gritando o nome do adversário corintiano, pois não repararam no “pequeno detalhe” que Ganso e Arouca entrariam em campo numa forçada de barra de Muricy Ramalho, devido a pobreza do banco santista, e que isso poderia ser fatal para o Peixe, como foi. Houve analista que teve a coragem colocar a cara diante das câmaras no pós-jogo, e expressar a sua frustração afirmando que o Corinthians jogou um futebol medíocre (!!!).

Naturalmente, façanhas de time pequena protagonizadas pela torcida santista, com bombas lançadas no reconhecimento do elenco corintiano no gramado santista, os fogos á noite no hotel da delegação, e o estranho apagão em um estádio que mal tem condições de abrigar jogos no Paulistão viraram casos abafados por profissionais de qualidade indigna de serem chamados pela profissão que os já citados Nelson Rodrigues e Armando Nogueira abrilhantavam.

Para a partida de volta, já que querem colocar o Corinthians como favorito, mas sabe-se que será uma batalha épica no Pacaembu; não se espera um passeio tranquilo de nenhuma das equipes, e vitória para qualquer lado tem chances iguais de acontecer.

 Que possa a arbitragem ser  ela, pelo menos, imparcial, diferentemente daquela na Vila, quando escanteios, e faltas na entrada da área, entradas criminosas de Durval, e Neymar em campo possam ser punidas, e tudo isso foi,  claro, ausente na mídia esportiva, onde teve até jornalista carioca chamando o Émerson de mercenário. Que descansem em paz Nelson Rodrigues, e Armando Nogueira, mas que falta vocês fazem! 

Imagem: reysdennys.blogspot.com.br

domingo, 3 de junho de 2012

O futebol paulista conquista a hegemonia no Brasil.



O futebol paulista atinge a hegemonia no Brasil no período que compreende o último semestre de 2011, e o primeiro semestre de 2012. A partir da conquista do Pentacampeonato nacional pelo Corinthians, e nas classificações dos quatro grandes de São Paulo para as semifinais da Copa do Brasil, e da Libertadores, simultaneamente, o futebol do estado vive um momento invejável.

O Palmeiras, mesmo aos trancos e barrancos, na ausência de grandes nomes no elenco, e graças á um técnico vencedor, Felipe Scolari, disputa contra o Grêmio uma das vagas para a Final da Copa do Brasil. O São Paulo, ainda que empobrecido pela ausência das taxas que recebia do Corinthians com os grandes públicos e arrecadações que o alvinegro do Parque São Jorge lhe proporcionavam, e com o mercado europeu avesso a contratações, chegou às semifinais com um time valente, e é o grande favorito para a conquista do certame, e a primeira vaga da Santander/Libertadores de 2013.

O campeão da copa mais importante do continente, o Santos, mais uma vez, disputa o título de melhor das Américas contra o Corinthians, naquela que, senão fosse a ação casuísta da Conmebol, seria a Final da Libertadores. O alvinegro praiano tem porém,  alguns fatores jogando contra: Possui 2 dos seus principais jogadores, o craque Ganso, em recuperação de cirurgia, e o motorzinho do time, Arouca, avariado, mas tem em seu técnico, o astucioso Muricy Ramalho, o seu grande trunfo. O Corinthians, que muitos analistas só fizeram criticar, mostrou que é time de chegada; com 2 gols tomados em toda a Copa Libertadores, tem jogadores experientes, e que têm demonstrado não se impressionar com o decantado “tabu” corintiano na Liberta, e tornou-se um desafio considerável para as pretensões santistas.

Os torcedores de norte a sul do país vão parar para ver um futebol que, na linha “em terra de cego quem tem um olho é rei”, é organizado, paga bem, e em dia, os seus profissionais, e que merece ter alcançado o status atual. É o futebol mais bem-sucedido do Brasil.

Imagem:ocronistaesportivo.blogspot.com.br


terça-feira, 29 de maio de 2012

O Timão vive um momento mágico.


O Corinthians, após a batalha contra o Vasco pela semifinais da Copa Santader/Libertadores, vive um momento especial da sua história. Precisamente há um ano começava a construção do estádio que vai abrir a Copa do Mundo/14, e o clube comemora os virtuais 40% da construção atingidos, e, juntamente com a construtora diminuiu a previsão de entrega da Arena Corinthians para a primeira semana de agosto/13, e aproveitará o evento para as suas festividades de aniversário, no mês seguinte.

Não bastasse o alto astral envolvendo a preparação para a disputa continental, com enorme apoio e confiança do seu torcedor, o clube venceu a disputa com o Santos, e fechou com o jogador Romarinho, ex-Bragantino, revelação do Paulistão/12. Enquanto, do lado do Santos, a cirurgia de Ganso, que  o tirou dos jogos decisivos do Peixe contra o Timão, e a última notícia da contusão de Arouca são desanimadoras para os alvinegros da Vila.

Tudo parece conspirar mesmo à favor do Corinthians nesta temporada; e o Timão vive um momento mágico!

Foto: Luis Moura / AE

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Conteúdo de Lance! e Globo provocam a ira de corintianos.



A repercussão de uma “receita de gambá” do jogador Fucile, do Santos, em sua suposta  página no Facebook ganhou destaque na imprensa carioca, ainda ressentida da desclassificação do Vasco da Gama pelo Corinthians, e provocou a ira dos corintianos na internet.

Primeiro, pelo fato da palavra “gambá” ter sido utilizada na primeira página online dos sites, e pela publicação na primeira página do Lance!, edição São Paulo. Atitude estranha, porque os sites jamais usam termos como bambis, vice da gama, ou sardinhas nos seus destaques. Segundo, pelo fato da fonte não ter sequer sido checada, pois o jogador uruguaio negou ter sido o autor do texto, responsabilizando os administradores dos seus perfis nas mídias sócias, inclusive apagando o texto daquele perfil.

Como órgãos de imprensa, os dois jornais poderiam facilmente terem contatado o jogador para verificar a sua fonte, mas a irresponsabilidade, o ressentimento, e a irresponsabilidade fizeram com que estes órgãos de imprensa extrapolassem, e usasse o episódio como um pretexto para incitar, em última instância, a violência. Ninguém é ingênuo ao ponto de ignorar segmentos da Fiel, que lamentavelmente vão às vias de fato, quando indignadas. E serão o Lance! e a Globo os primeiros a condenar a “violência no futebol”.

Que a Fiel se prepare, pois na medida em que se aproxima o grande confronto contra o Santos, especulações, notícias para conturbar o ambiente, e provocações baixas serão facilmente encontradas nesses sites.  Responsabilidade é bom, e o Brasil gosta!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

O Vasco não resistiu a pegada do Timão.




O Corinthians derrotou o Vasco por 1 a 0, e é semifinalista na Copa Santander/Libertadores; um gol aos 42 minutos da segunda etapa definiu uma partida histórica no Pacaembu.  Bem ao estilo corintiano, a equipe fez a aflição do torcedor que lotou o estádio, mas o  volante Paulinho cabeceou a bola sem chances para o goleiro vascaíno, na cobrança de escanteio de Alex, e decretou a vitória corintiana. Qualquer que seja o adversário, a decisão de uma das vaga na finalíssima acontecerá no Pacaembu.


 No primeiro tempo, a expectativa de que seria um jogo de xadrez se confirmou. O meio de campo das duas equipes se anulou mutuamente, e as jogadas mais agudas de gol não apareceram.  As defesas foram soberanas, e o Corinthians teve uma boa chance, em cabeçada de Paulinho, que Fernando Prass neutralizou com uma boa defesa.  Juninho Pernanbucano, pelo Vasco, e Émerson, pelo Corinthians,  eram os que mais se destacavam em termos ofensivos.

No segundo tempo o jogo adquiriu eletricidade; o Timão procurando se impor, e colocar pressão sobre o Vasco. Este, perigoso em contra-ataques, quase abriu o placar com Diego Souza: Alessandro falhou em rebote no ataque corintiano, e a bola foi roubada pelo ex-atacante palmeirense, que, apenas ele e o goleiro, perdeu um gol incrível ao tentar fuzilar o gol do Corinthians, mas Cássio mostrou categoria, e conseguiu espalmar. Na cobrança de escanteio, Nilton fez a bola resvalar no travessão.

Mas o Corinthians, predestinado, não desistia de atacar. Houve uma bola na trave de Emérson, e, por fim, a quase certeza de cobrança de pênaltis. Foi então que, aos 42 min, veio o escanteio, e a bola viajou pela área vascaína, e foi se encontrar com a cabeça do guerreiro Paulinho, e morrer no fundo do gol, despachando os cariocas da Libertadores, que pouco antes, já haviam perdido o Fluminense, na derrota para o Boca, numa noite infeliz para a torcida carioca. De quebra, a eliminação do Fluminense coloca o Corinthians o melhor time na competição.

Imagem: Sérgio Barzaghi / Gazeta Press

terça-feira, 22 de maio de 2012

A Fiel pode desequilibrar um jogo?




Em pesquisa realizada pela revista “Monet” e um site esportivo,  com mais de 300 jogadores, a torcida corintiana foi eleita a mais temida por 142 jogadores. Na pesquisa enviada aos atletas,  exceto pelos jogadores que não responderam, a soma das demais torcidas ficou abaixo da metade da Fiel; nada menos que 42.5 elegeram o “bando de loucos” como a torcida mais temida do país. Flamengo (12.6%),  Sport (6%0), Grêmio (4.2%), e Atlético-PR (3.3) foram os outros destaques.

A Fiel se autointitula diferente de todas as outras torcidas, e a pesquisa é interessante por trazer a visão daqueles que entram em campo, e jogam sob a pressão da massa alvinegra, que nunca se cansa de cantar, mesmo em condições adversas. Para o confronto contra o Vasco, já não há mais nenhum ingresso disponível, situação em que a torcida faz do Pacaembu um verdadeiro inferno para os adversários.

Conforme declarou o volante Ralf “ A nossa torcida é diferente. Nenhuma no Brasil ajuda tanto quando o time está mal quanto a nossa. “  O jogador conta com o apoio incondicional da galera durante a partida de volta na Copa Santander/Libertadores, e. se é certo que torcida não ganha jogo, a adrenalina que Fiel injeta no time é algo realmente a ser temido pelos adversários. Nesta quarta o torcedor promete show, e espera correspondência em campo. É chegada a hora e vez do Corinthians  no continente. Vai que é sua, Timão!

Imagem: globoesporte.com

domingo, 20 de maio de 2012

Timão X Flu: Times B; futebol C





O Corinthians foi derrotado no Pacaembu pelo Fluminense, pelo placar de 1X0, com gol do zagueiro Leandro Euzébio. A derrota para um dos postulantes ao título não foi exatamente justa, pois o Corinthians foi o time que mais se aproximou do gol adversário, com direito inclusive a uma bola na trave, porém, o fraco futebol apresentado no geral, estando Douglas, Willian e Liédson em campo, foi um castigo para o torcedor, que compareceu em bom número.

Erros de passes, desinteresse dos corintianos e escassez de finalizações foram a tônica do jogo no primeiro tempo. O Corinthians dominou o jogo, mas Liedson foi pouco acionado. Douglas precisa ser informado que o Timão não é spa; faz passe e sossega, só observando o desenrolar da jogada. Tabelas com ele, então, esquece! Por sua vez, o atacante Willian esteve irreconhecível. Assim, o primeiro tempo em 0X0 já não cheirava bem para o torcedor.

No segundo tempo, a batida foi a mesma, o Timão mais ofensivo, e o Flu se defendendo. Mas quando os cariocas iam ao ataque, eram objetivos e perigosos, enquanto o Corinthians só tocava a bola para lá e para cá. Douglas chegou até a acertar a trave aos 8 min, mas foi o Fluminense que, aos 26min, fez o gol: Leandro Euzébio venceu Ramón na cobrança de escanteio e determinou: Flu 1 a 0. O Timão ainda tentou pressionar, mas, em vão. Pareceu que em campo não havia um só jogador disposto a disputar vaga no time titular para a Libertadores, e 3 pontos foram perdidos por pura incompetência alvinegra.

Outro jogo: Botafogo 4X2.

Imagem: Dirceu Barros / Roda de Corinthianos.
Roda de Corinthianos

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