O Corinthians, na disputa pelo título do Brasileirão, tem tido dificuldades em três aspectos: os clubes adversários, a bola, e as arbitragens. Claro, nada que justifique a sua falta de tesão quando a bola está rolando. A opção por se defender, exclusivamente, no segundo tempo coloca em xeque a competência do técnico no comando da equipe, o que torna o Timão, antes de tudo, o seu principal adversário. Aquele recuo patético do segundo tempo, que já havia acontecido dentro do próprio Pacaembu, contra o Ceará, não está sendo perdoado pelo torcedor. Com o agravante de que naquele jogo o time ganhava a partida.
No futebol, costuma-se dizer que são onze contra onze, o que pressupõe que do outro lado também há profissionais, também há técnico que faz a leitura do jogo no primeiro tempo, e que faz as correções táticas para ganhar a partida, e nesse quesito, o técnico corinthiano tem mostrado a sua inapetência. O Corinthians, além dos seus problemas de relacionamento com a bola, essa inimiga, ainda tem se deparado com arbitragens inexplicáveis. O técnico Tite reclama, e com razão. O que houve em comum nos últimos dois jogos? Os dois árbitros tiveram má-fé contra o Timão.
No jogo contra o Grêmio, após marcar pênalti polêmico a favor do Corinthians (nem a TV conseguiu desvendar se foi pênalti, ou não), o árbitro tentou compensar, e distribuiu cartões amarelos para o time que menos faltas faz no Brasileirão, até expulsar Liédson, e Edenílson. Ontem, contra o Coxa, ele deu licença total para os paranaenses baterem a vontade. Dois pênaltis deixaram de ser dados; um sofrido por Emerson, quando este se preparava para invadir a área do Coxa, e ficar no mano-a-mano com o goleiro, mas sofreu falta de Lucas Mendes. No outro, Leandro Donizete, que já possuía cartão amarelo, fez falta dura em Chicão, com o pé a resvalar o rosto do zagueiro corinthiano, na frente do juiz. Algo de estranho no reino das arbitragens...
Imagem: Sergio Barzaghi/Gazeta Press
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