No imaginário de um torcedor corintiano, uma final de
Libertadores, contra o Boca Juniors, no estádio de La Bombonera, seria uma partida
arquetípica a validar a consagração do Corinthians, em caso de vitória.
Quiseram os deuses do futebol que a imaginação da Fiel se materializasse na
forma deste confronto que ocorre nesta quarta-feira, clássico entre dois clubes
gigantes da Argentina, e do Brasil, países rivais até as raízes dos cabelos no
futebol e que pode ser a gênese de uma grande rivalidade, e não poderia ser
diferente; com o devido respeito aos River
Plates, La Us, Once Caldas, e Olimpias da vida, nada poderia se comparar a um
confronto entre Corinthians e Boca Juniors.
Ambos são irmão nas origens humildes, na garra, no fanatismo,
e na paixão; e os xeneizes, que alcançaram um vice-campeonato em 1963, e, após
ver o Independiente conquistar a Libertadores por seis vezes, só veio a conquistá-la
em 1977, ano marcante também para o Corinthians, e depois ainda foi campeão em 78/2000/01/03/07;
uma história longa, e recheada de conquistas, mas também coleciona 3 derrotas
em finais; o destaque da equipe é o jogador Riquelme, e de sua performance
depende o destino de um Boca, que, embora distante do que já foi no passado,
tem na camisa e na garra a maior ameaça às pretensões brasileiras.
O Timão, “novato” em decisões de Libertadores chega com
gana, e sem destaques; seu ponto forte é o conjunto, aliado à velocidade, e sua
defesa é fator de preocupação para o Boca, tendo sido vazada em apenas três
oportunidades na competição. Nos jogos do alvinegro, o que chama a atenção é que
cada partida traz um nome diferente, fazendo a diferença. Pode ser Paulinho,
pode ser Danilo, pode ser Émerson, pode ser Alex, ou pode vir do banco de
reservas, simplesmente. e na verdade, os argentinos precisarão fazer o que
nenhum time conseguiu até agora na Libertadores/12: vencer o Corinthians. O
desafio é recíproco.
Colaborou, Alfredo Garcia, hincha xeneize.
Imagem: AFP
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